sábado, 21 de janeiro de 2012

UM SÉCULO DE CONQUISTAS

Não se pode negar que o século XX foi palco de muitas catástrofes: guerras, crises, desigualdades sociais, bombas atômicas, . . . O século XXI não começou de forma diferente. Os atentados terroristas aos Estados Unidos, a guerra dos norte-americanos no Afeganistão e no Iraque e a intensificação do conflito árabe-israelense são alguns acontecimentos que acrescentaram mais ameaças à paz mundial. No mesmo sentido, no final de 2008 e início de 2009 ganhou impulso uma forte crise econômico-financeira, que começou nos Estados Unidos, espalhou-se pela Europa, Ásia e América afetando toda a economia global.
Diante desse quadro pouco promissor, cabe destacar as lutas e conquistas de muitos segmentos sociais durante o século XX: A declaração Universal dos Direitos Humanos, os Direitos Civis da comunidade negra norte-americana, as leis trabalhistas, o voto feminino, dentre muitos outros exemplos, estão incluídos nas conquístas mais significativas dos últimos cem anos.
Diante do exposto, cabe ressaltar que esse foi um período de contradições e paradoxos: progresso científico e armas de destruição em massa; crescimento da produção ao lado do crescimento das desigualdades sociais, da exclusão e da miséria; valorização da paz e da diplomacia como forma de negociação entre as nações e o grande número de guerras.
No entanto, a história continua. Basta observar os indicadores sociais, econômicos, políticos, culturais das sociedades que fazem nosso mundo: eles mostram que a desigualdade entre os países crescem dia a dia, o que provoca constantes tensões e conflitos. Pode-se perceber o ritmo da História ainda na ação de diversas pessoas organizadas em movimentos por todo o mundo, com o objetivo de buscar entendimentos globais, resolver os problemas do campo e das cidades, as guerras, os conflitos étnicos, a destruição da natureza etc.
É importante não esquecermos que os papéis de uma nova geração não estão predefinidos e as possibilidades permanecem abertas no sentido de construir um novo mundo, de buscar uma maior harmonia global.




sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A HISTÓRIA E O ENSINO

Atualmente, ninguém contesta a importância da escolarização como condição essencial - mas não única - tanto para o progresso pessoal como para o desenvolvimento social do país. Assim, na era do conhecimento, é fundamental garantir que os educandos adquiram as bases da formação cidadã traduzida em consciência crítica,  em postura socialmente atuante e capacidade de continuar o aprendizado de modo autônomo e permanente depois de concluída a formação básica.
Para atingir esses objetivos, é inegável a importância do ensino de história. Disciplina escolar com longa tradição, que nos últimos anos gnhou novas dimensões, resultado de renovações acadêmicas na própria disciplina, assim como na área de ensino, e também de mudanças no âmbito escolar.
A História ensinada em sala de aula deixou de ser um relato único e linear sobre a trajetória da humanidade e passou a ser vista como instrumento de reflexão sobre o tempo presente, passando a constituir-se importante mecanismo de análise e compreensão do mundo que cerca o aluno.
Segundo Eric Hobsbawm, precisamos refazer os elos presentes entre os diversos tempos visto que o novo parece ser a principal marca da sociedade atual, na qual tudo envelhece rapidamente para ser superado ou substituído
Nessa perspectiva, o ensino de História tem apresentado grandes desafios ao professor, que exige nova postura no ambiente escolar e na sociedade pois na medida que abandona o papel de mero reprodutor de saberes, assume a função central no processo de construção da autonomia dos educandos. O conteúdo trabalhado ganha novos sentidos: deixa de ser mera erudição, algo perdido no tempo, para adquirir significados nas teias que formam o cotidiano de cada indivíduo.
O ensino de História está presesente nas escolas brasileiras desde o século XIX. Naquela época tinha como principal objetivo estudar a formação da nação e desenvolver uma indentidade nacional.
Nas primeiras décadas do século XX ocorreram mudanças. O conteúdo estava voltado para o estudo da chamada História da Civilização, dividida em quatro grandes períodos e recheadas de datas, fatos e sujeitos isolados.
Nos anos 50 e 60, período de intenso desenvolvimento industrial e de urbanização, começou a ganhar espaço o currículo científico, que privilegiava a formação de profissionais da área de tecnologia. O ensino continuou voltado para a formação de grupos de elite e esperava-se um professor neutro, que não expressasse opiniões políticas.
Nessa época, entretanto começaram a esboçar iniciativas pela extensão  da educação a outros grupos sociais, em nome do direito à cidadania, tendência que ganhou força nos anos 70, tempos da ditadura.
Nos anos 80, época da redemocratização, várias obras apresentavam uma abordagem inspirada no marxismo. Com isso o passado nas escolas ganhou novos personagens e era caracterizado pelo conflito entre dois grandes grupos sociais, de um lado os opressores e de outro os oprimidos.
Em meados dos anos 90, a elaboração pelo governo dos Parãmetros Curriculares Nacionais (PCNs), teve início um intenso movimento de mudanças nas práticas escolares, que incluiu o ensino de História e os livros didáticos ganharam em diversidade, incluíndo diferentes sujeitos históricos  e tratando de variadas interpretações do passado.
Ao mesmo tempo, os profissionais da área viram a consolidação de várias práticas, como o arranjo cronológico dos conteúdos e a divisão da história em períodos  - ambas largamente aceitas e utilizadas no dia-adia da sala de aula.
É importante ressaltar que hoje o ensino de História visa desenvolver diferentes competências e habilidades, como ler e interpretar textos, imagens, mapas e gráficos; comparar informações; relacionar presente e passado; levantar hipóteses, não interessando a data mas sim o que ela representa, o que reúne em torno de si, conformando e dando significado ao acontecimento histórico.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A IMPORTÂNCIA DE SABER LER UMA IMAGEM

Os significados atribuídos ao mundo pelo ser humano são chamados de leitura. Portanto, o homem não lê apenas os textos escritos, mas lê igualmente outros tipos de textos, não verbais, aos quais também atribue significados.
No mundo contemporâneo, vivemos cercados por imagens visuais de todos os lados. Das indicações de trânsito às propagandas, dos ícones do computador à imagem televisiva e cinematográfica e aos graffitis, pixações, decalques e ilustrações nos muros, enfim, a imagem parece prevalecer em nossa vida. Já se disse que a palavra perderá seu lugar privilegiado na comunicação humana.
Pode-se discutir a validade dessa afirmação, mas não se pode negar a importância que a imagem tem hoje. Por isso, aprender a ler a imagem, isto é, os modos como atribuímos significados a elas, é um passo que nos leva à compreensão mais profunda de nossa sociedade e de nossa vida.
Dentre as imagens vale destacar de modo especial as de arte por serem as mais difíceis de decodificar, uma vez que a informação estética exige conhecimento específico de linguagens artísticas e de história da arte; conhecimento do contexto de produção da obra; disponibilidae interna para entender a arte a partir de suas propostas. Além disso, ela é inesgotável em uma única leitura e não pode ser traduzida para outra linguagem sem perder parte de seu conteúdo.
Todas essas características fazem da atribuição de significados às obras de arte uma tarefa que necessita de aprendizado específico, que resulta da convivência do indivíduo com ela, aguçando assim sua sensibilidade. Essa é a grande tarefa de pais e educadores visto que a arte é um modo privilegiado de conhecimento que se realiza por meio da análise de uma obra concreta e individual.
A leitura de uma obra de arte abre as portas para que possamos compreender as múltiplas possibilidades do mundo vivido, altera o modo como vemos a realidade ao mostrar outros mundos possíveis. Isso é concretizado por meio da imaginação criativa do indivíduo que ao analisar uma obra de arte atribue diversos sentidos, percebidos por meio do acolhimento da obra, pela afetividade, ou seja, deixando que a obra afete o seus sentimentos.
 É por isso que o conhecimento estético que uma obra de arte oferece não se resume ao conhecimento de um objeto, uma pessoa, uma paisagem, ou . . ., mas de todo um mundo de valores, de propostas, de desejos e de conhecimentos despertados no indivíduo durante a leitura de uma imagem ou (obra de arte), cujas reações a esse mundo descortinado revela o indivíduo que está realizando a leitura.